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Os obstáculos psicológicos que dificultam o desempenho dos colaboradores

Os obstáculos psicológicos que dificultam o desempenho dos colaboradores

Na economia moderna, alguns dos obstáculos fundamentais no trajeto de crescimento de empresas estão relacionados à mentalidade dos colaboradores. O empreendedorismo é prejudicado por uma série de peculiaridades psicológicas que afetam a eficiência, a energia e a harmonia no trabalho exercido pelos colaboradores. Dessa forma, aqueles que estão focados em performar da melhor maneira no cenário capitalista têm bons motivos para dar a devida atenção às necessidades psicoemocionais de quem contrataram.

 

As dificuldades de cultivar um local de trabalho produtivo são, em geral, diversas versões de imaturidade emocional. Isso significa que saber administrar um negócio de forma genuína envolve o ato de ajudar os colaboradores a encontrarem seus próprios caminhos de inteligência emocional.

 

Saiba mais sobre cada um desses obstáculos e como superá-los:

 

  1. Negação de Problemas 

O colaborador que de alguma forma nega os problemas que aparecem ao longo de operações de trabalho está dominado por uma crença inconsciente de que é ameaçador transmitir qualquer informação infeliz aos seus líderes. Ele não confia que pessoas em cargos de poder sejam capazes de absorver e lidar com tais questões desafiadoras.

Essa forma de pensar normalmente se origina em experiências da infância. Muito antes de ter essa dinâmica com seu chefe, esse poderia ser um padrão exigido por uma figura parental, que reagiria explosivamente se confrontado com uma notícia inesperada. É necessário cultivar o entendimento de que é normal que haja crises no decorrer de projetos importantes, e que seus líderes também devem saber disso.

 

  1. Comportamento Defensivo

O colaborador defensivo pode interpretar uma crítica ao seu trabalho como um ataque pessoal. Em algum lugar do passado dessa pessoa defensiva existe um trauma. Ela pode ter sido, desde cedo, incapaz de enfrentar as próprias fraquezas sem correr o risco da humilhação. O que uma pessoa defensiva exige é uma enorme quantidade de paciência e demonstração de segurança. Eles precisam ouvir que são compreendidos, que seu trabalho é valorizado, e que têm um lugar reconhecido na cena geral da empresa – mesmo que tenham esquecido de enviar aquele e-mail.

  1. Constrangimento Social

O constrangimento social está basicamente ligado a uma crença equivocada sobre as outras pessoas: a de supor que elas são menos estranhas do que aparentam ser, e logo, muito menos estranhas do que nós. Mas todos são acometidos por ansiedades, desejos peculiares, pensamentos excêntricos e emoções flutuantes. Em outras palavras, todos são iguais. Mas a pessoa que se constrange em interações sociais dá muito peso às aparências, e supõe que quem está ao seu redor é muito mais calmo e confiante do que ela mesma. A solução reside em aceitar a normalidade de sermos todos estranhos.

  1. Pessimismo Excessivo

As empresas prosperam com base em uma esperança inteligente. Chegar a algum lugar requer capacidade de focar no potencial positivo. Mas o colaborador pessimista entende como um sinal de inteligência ignorar as esperanças superficiais dos outros, e não se anima com os planos de expansão da empresa, ou com os novos gestores. Esta convicção de pessimismo é, ironicamente, muitas vezes uma resposta a episódios de esperança excessiva do passado, que resultaram em grandes decepções. Eles aprenderam a manter seus sonhos pequenos porque desenvolveram uma imagem muito assustadora da ambição. Os pessimistas podem parecer egoístas, mas geralmente estão somente tentando zelar pela “não-decepção” do time caso os planos não ocorram como esperado.

 

  1. Otimismo Excessivo

Eles parecem, à primeira vista, as pessoas mais envolventes e empolgantes do escritório. Eles têm certeza de que as metas de vendas podem ser atingidas, eles garantem aos clientes que tudo vai dar certo. Eles têm um ar de alegria que contagia. Mas no sutil equilíbrio interno que separa a esperança da ingenuidade, algo está fora de harmonia. Eles são invadidos por uma grave resistência em investigar as questões para descobrir os verdadeiros problemas – o que está abaixo da superfície. Essa atitude vai se moldando ao longo de experiências traumáticas ao tentar descobrir as raízes de certas questões. Os excessivamente otimistas temem que, se alguém admitir que as coisas não estão ideais, todos ficarão deprimidos, pois olhar para as origens dos problemas parece sempre muito ameaçador. No fundo, os otimistas estão apenas tentando se prevenir – e aos outros também – de decepções.

 

 

  1. Autonomia Prejudicial

No início, é uma alegria tê-los por perto. Eles simplesmente parecem finalizar as tarefas, sem pedir muito aos colegas. Mas gradualmente surge um problema. Não é que eles sejam apenas competentes, autônomos, independentes, e eficientes; eles são cronicamente avessos a aceitar ajuda de outras pessoas. Eles sabem que a ideia de trabalhar em equipe foi criada para ser benéfica, mas não conseguem usufruir de tais benefícios. A pessoa que tem uma autonomia prejudicial ao time pode sofrer de uma versão de “rivalidade entre irmãos”. Seus colegas são vistos, inconscientemente, como concorrentes pela atenção de uma figura parental, como se não houvesse amor e atenção suficiente para todos, portanto, eles devem ter a certeza de brilhar independentemente dos outros. Na verdade, essa autonomia apenas demonstra um medo de não ser bom suficiente, e não uma real sensação de superioridade em relação ao outros colaboradores.

Tudo isso parece uma ideia estranha, dado que esperamos que empresas se envolvam apenas em tarefas práticas. Mas no ponto atual de evolução e transformação, os desafios que a maioria dos colaboradores enfrenta são de natureza psicológica, o que significa que o bem-estar emocional não pode ser visto apenas como um luxo ou algo a se pensar mais tarde.

 

Sabemos muito bem da importância da maturidade emocional nos relacionamentos pessoais e na vida familiar. Acontece que essa habilidade não é menos importante no ambiente corporativo. De forma otimista, dado o tempo que passamos em nossas empresas, podemos afirmar que o escritório não é apenas um local de trabalho, mas também – se o utilizarmos corretamente – um campo de formação para uma maturidade emocional que podemos cultivar, e usar tanto em nossas casas quanto nas reuniões do trabalho.

 

Acesse aqui nosso calendário para seu desenvolvimento profissional e emocional.

By The School of Life

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