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Como seria o paraíso?

Como seria o paraíso?

Em todas as partes do mundo, praticamente em todas as eras (menos a atual), nossa imaginação coletiva gostava de retornar repetidamente à ideia de paraíso. Aqui, finalmente, a luta e a discórdia chegam ao fim; aqui, finalmente, estaremos em paz. Muitas vezes, o paraíso tem sido imaginado como um jardim ou parque, com rios, lagos, pomares, sol brilhando, animais dóceis, gramado macio, vegetação tropical e uma versão do amor livre. Também tem sido – acima de tudo – um lugar de calma. Depois de toda a preocupação e maldade, conseguiremos nos deitar à sombra de uma figueira ou mangueira e ver uma nuvem delicada passar languidamente por um céu azul. Respiraremos profundamente o ar perfumado com os aromas de lavanda e jasmim e não desejaremos outra coisa.

 

Infelizmente, somos muito rápidos em declarar que não “acreditamos” em paraíso. Um desdém pelas afirmações de religiões organizadas não deveria nunca nos fazer ignorar o valor de imaginar outros estados melhores. Nossos devaneios não são uma perda de tempo – eles suspendem a dor momentaneamente, ajudando-nos a recarregar as energias para as batalhas que temos pela frente e nos permitindo entender melhor nossas verdadeiras aspirações.

Mesmo sendo ateus convictos, devemos aprender a nos perguntar qual seria nossa versão particular de um “paraíso” não espiritual – e usar a imaginação ali por um tempo. Como seria o lugar? Qual seria a vista dele? Com quem estaríamos? O que haveria para comer?

 

Já temos versões do paraíso em nossa mente esperando ser ativadas e exploradas. Não precisamos morrer para ir para lá – e com certeza não precisamos acreditar. Só precisamos nos dar mais frequentemente permissão para ter uma das escapadas mais inocentes e revigorantes: sonhar acordado.

By The School of Life

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