12/09/2024
Cultura
Como Sobreviver às Festas de Fim de Ano
Esta época do ano é cheia de festividades, e convites. Celebrar é algo lindo, mas nós sabemos que toda festa vem também com suas parcelas de interações difíceis, angústias, expectativas (suas e dos outros convidados), e em geral, situações que apesar de serem um tanto quanto corriqueiras – como cumprimentar estranhos ou comer algo que não seja exatamente sua comida favorita – são também carregadas de experiências que fogem do nosso dia a dia.
Festas supostamente são um símbolo de diversão, mas, para muitos, passar horas conversando sobre algo totalmente fora de seus interesses com colegas, familiares ou estranhos pode parecer aterrorizante. Se você se sente nervoso antes de grandes confraternizações, ou até mesmo frustrado com uma possível superficialidade de tais eventos, recomendamos explorar nosso manual de “Como sobreviver às festas de fim de ano”:
1. Como iniciar uma conversa com estranhos
Se somos acometidos por uma timidez atroz ao pensar em ir falar com um grupo de estranhos em uma festa, talvez, em vez de focarmos no que deveríamos falar, devêssemos focar no que deveríamos pensar: que eles podem ter as mesmas ansiedades sociais que nós, e a mesma necessidade de busca por conexão.
2. A arte do papo fiado
Esse tipo de conversa trivial existe por uma ótima razão: ela é usada para evitar frustrações. Ela nos dá a oportunidade de conversar com o nosso interlocutor com mais leveza, com menos riscos de falarmos algo ofensivo, de sermos ofendidos, de ultrapassar algum limite pessoal o qual podemos ainda desconhecer. Dessa forma podemos avaliar, com mais discernimento, como dar continuidade a conversa, se aprofundaremos o assunto, ou se mudaremos o rumo daquela interação.
3. Como superar o medo de te acharem… chato
Ninguém é chato: podemos parecer chatos quando não nos permitimos ser honestos sobre nossas vulnerabilidades. Quando nos abrimos em uma interação, por mais trivial que ela seja, aprofundamos a conversa.
4. Como conquistar seus interlocutores (mesmo que eles sejam totais estranhos)
Em vez de pensarmos em como impressionar os outros participantes da conversa, podemos pensar em como fazê-los se identificar conosco – mostrando que estamos ali como pessoas tão vulneráveis, ansiosas ou inquietas quanto eles. Fazendo isso, criamos um espaço para conexões mais profundas e verdadeiras, não pautadas em comparações ou competições – de quem tem a vida mais impressionante, e sem deixar que se torne, também, uma competição de quem tem a vida mais sofrida.
5. Como agir ao derrubar sua taça de vinho toda em você mesmo
O melhor a se fazer para escapar daquela sensação arrebatadora de constrangimento social — ao se sujar de comida, ou quebrar uma taça no meio do jantar — é assumir esses infortúnios com modéstia. Fazer graça de você mesmo ao ter se atrapalhado pode te ajudar a fazer as pazes com aquela situação antes de se sentir julgado por qualquer olhar alheio.
6. Como recusar convites (da melhor forma)
Quando rejeitamos um convite, o que a pessoa, cujo convite foi recusado, precisa são de fatos a respeito, um pedido de desculpas, espaço para se chatear com a sua ausência no evento em questão, e tempo para reorganizar os planos; nada mais.
O que a pessoa não precisa são de camadas extensas de explicações que pareçam falsas ou que sejam tão sérias a ponto de fazê-la se sentir mal por ter te convidado sem nem perguntar antes como estava a sua vida.